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Da fabricação de chapéus à sede da Prefeitura de Limeira: transferência do Paço Municipal para o Edifício Prada completa duas décadas

Há 20 anos, no dia 23 de dezembro de 2004, a Prefeitura de Limeira transferia sua sede para o Edifício Prada, na Rua Prefeito Dr. Alberto Ferreira, 179. Duas placas fixadas nas entradas principais do edifício marcam oficialmente a inauguração do “Paço Municipal”, que foi nomeado em homenagem ao ex-prefeito Waldemar Mattos Silveira. Elas registram também o nome do então prefeito, José Carlos Pejon, responsável pela compra do imóvel.

Mais de duas décadas depois, o espaço abriga o gabinete do prefeito Mario Botion e da vice-prefeita Erika Tank, 13 secretarias municipais e aproximadamente 800 servidores. “Muito me honrou estar prefeito e despachar no gabinete desse prédio que tem muita história, em especial, porque leva o nome do excepcional ser humano e prefeito Waldemar Mattos Silveira, o Memau, que também deixou sua história registrada em Limeira”, comentou Botion.

Construído em 1937 por Agostinho Prada, o prédio reunia em um único espaço todas as instalações da fábrica de Chapéus Prada S/A. Na época, o chapéu era uma peça indispensável ao guarda-roupa masculino, o que fez alavancar o crescimento da empresa. Preocupado com o bem-estar dos funcionários, Agostinho Prada ergueu também uma escola (1947) e uma creche (1949), hoje a Emeief Prada e o Ceief Flora de Castro Rodrigues.

Conforme artigo publicado em maio de 1972 pelo jornal “A Unidade”, a fábrica contava com o próprio grupamento do Corpo de Bombeiros, que também atendia ocorrências da comunidade limeirense. E ainda, uma cooperativa de consumo (na esquina das ruas Tiradentes e Pref. Dr. Alberto Ferreira) onde os funcionários podiam comprar gêneros de primeira necessidade. A empresa seguiu com a produção até o ano 2000, quando máquinas e demais equipamentos foram adquiridos pela Pralana.

Tombamento

Dada sua relevância história, todo o conjunto arquitetônico foi tombado em 2019, a partir de um riquíssimo trabalho da arquiteta da Secretaria de Urbanismo, Alessandra Argenton Sciota. “Esse complexo abriga nossa história e é muito significativo para Limeira, inúmeras famílias trabalharam aqui e trazem esse relato afetivo”, disse Alessandra.

No laudo técnico de tombamento, ela observa que a edificação segue a linha Art Déco, movimento arquitetônico francês dos anos 1920 que privilegiava linhas geométricas e o uso de grandes blocos – características visíveis na fachada, na torre central e no relógio – símbolo do trabalho industrial. A arquiteta ainda destaca os jardins e a fonte, elementos marcantes das praças europeias. “Nascido na Itália, Agostinho Prada trouxe essa influência para o Brasil”, afirmou.

Segundo ela, a indústria de Limeira favoreceu-se das iniciativas de Agostinho Prada. Como homem a frente de seu tempo, a arquiteta salienta que o empreendimento antecipou em mais de uma década o período da grande expansão industrial brasileira, na década de 50, comercializando chapéus para todo o Brasil e para o exterior. “Foi um trabalho visionário, principalmente se considerarmos o que ele fez em benefício da coletividade”, ressaltou.

Além de oferecer assistência médica, odontológica e hospitalar aos empregados, o empresário preocupava-se em proporcionar acolhimento às crianças pequenas, tanto na creche quanto na escola, para que os pais pudessem trabalhar na fábrica. “Ele também criou o campo de futebol e queria construir uma vila industrial para os funcionários”, revelou Alessandra. Dois sobrados chegaram a ser edificados, onde hoje funciona a Caixa Econômica Federal, na esquina da Alberto Ferreira com a Av. Dr. Alfredo Ferraz de Abreu. “O conjunto aqui construído insere-se na concepção do urbanismo humanista, em que a indústria executava benfeitorias para a comunidade”, observou.

Adaptações

Para instalação da prefeitura em uma área eminentemente fabril, várias adaptações foram realizadas no imóvel, como a instalação de aparelhos de ar condicionado e a criação de elementos de acessibilidade, como rampas, elevadores e abertura de uma entrada lateral do prédio, com área de embarque e desembarque de passageiros. Porém, nesse processo de transição alguns elementos arquitetônicos originais se perderam, como as entradas de ar para o subsolo e o pavimento superior e a base da chaminé (encoberta por uma parede).

A partir do tombamento, Alessandra afirma que todas as futuras intervenções devem preservar as características originais do complexo, incluindo as muretas que contornam o jardim e o paisagismo. Seguindo essa diretriz, está em andamento um amplo trabalho de adequação e melhoria da cobertura do Paço Municipal, com investimento de R$ 3 milhões. Aproximadamente 40% da obra já está concluída.

Mesmo com necessidade de obras complementares de restauro e conservação, a arquiteta avalia positivamente a ocupação do Edifício Prada pela Prefeitura de Limeira. “Estamos reaproveitando um espaço que fez parte da história da nossa cidade, o que está relacionado à sustentabilidade dos territórios”, frisou. “Estar imersa nesse espaço que abriga história e arquitetura tão ricas é muito gratificante”, resumiu Alessandra, ao referir-se ao trabalho na prefeitura.

Testemunha da história

Filha do ex-prefeito Waldemar Mattos Silveira, a coordenadora do Procon e vereadora eleita para a próxima legislatura, Mara Isa Mattos Silveira, participou em 2004 da cerimônia de inauguração do Paço Municipal. Ela afirmou que, na época, a novidade recebeu críticas em razão da idade avançada do imóvel. “Particularmente, acho esse espaço lindo, ele acomoda muito bem a Administração Municipal.” Ela também considera a compra do Edifício Prada “muito importante” para a preservação da memória de Limeira. “Meu pai sempre foi um político conciliador e muito respeitado em sua trajetória, me emociona muito ver o nome dele no Paço Municipal, um prédio que carrega a história da nossa cidade”, completou.

Sial

O Sistema Integrado de Acervos Limeirenses (Sial) mantém uma coletânea de fotos históricas da Prada S/A, com imagens de trabalhadores, da linha de produção e do Edifício Prada – incluindo plantas originais e imagens da construção do imóvel. Criado em 2022, o Sial é uma iniciativa da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Administração, em parceria com as secretarias de Cultura e de Urbanismo, Câmara Municipal e Centro de Memória Unicamp, para facilitar o acesso aos documentos históricos de Limeira. Todo o acervo é público e está disponível por meio do link: http://atom.limeira.sp.gov.br/index.php/dossie-da-companhia-prada.

Foto e informações: Prefeitura de Limeira

Polícia Federal alerta sobre sites falsos de concursos da instituição

A Polícia Federal emitiu um alerta sobre a circulação de sites falsos de inscrição para concursos da corporação. O objetivo será conseguir dados pessoais para aplicar golpes. Segundo a PF, o único concurso público aberto no momento é para a área administrativa, com inscrições realizadas exclusivamente no site oficial do Cebraspe (confira mais informações abaixo). O novo certame oferece 192 vagas, com salários iniciais que podem chegar a R$ 11 mil. As oportunidades são destinadas a candidatos com formação de nível médio e superior. As inscrições se encerram às 18h do dia 21 de maio. Concurso Confira abaixo a distribuição das vagas: Agente administrativo: 100 vagas (nível médio) – salário inicial de R$ 7.444,80; Assistente social: 13 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Contador: 9 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Enfermeiro: 3 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Médico: 35 vagas (nível superior) – salário inicial entre R$ 7.444,80 e R$ 8.583,55, conforme a especialidade; Psicólogo: 6 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Farmacêutico: 2 vagas (nível superior) – salário não informado; Nutricionista: 1 vaga (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Estatístico: 4 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 11.070,93; Administrador: 6 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Técnico em comunicação social: 3 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55; Técnico em assuntos educacionais: 10 vagas (nível superior) – salário inicial de R$ 8.583,55. Taxas As taxas de inscrição variam segundo o nível do cargo: R$ 110 para cargos de nível superior; R$ 90 para cargos de nível médio. Candidatos inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde podem solicitar isenção da taxa. Provas As provas objetivas e discursivas serão aplicadas em 29 de junho, em todas as capitais do país. Cronograma Inscrições: 29 de abril a 21 de maio; Solicitação de isenção da taxa: 29 de abril a 5 de maio; Data limite para pagamento da inscrição: 23 de maio; Aplicação das provas: 29 de junho.   Fonte: R7 Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Kim Jong-un acompanha teste de míssil e reforça poder nuclear

O ditador norte-coreano Kim Jong-un supervisionou um exercício militar com artilharia de longo alcance e uma nova versão de míssil balístico tático, em meio a tensões crescentes na Península Coreana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (9) pela imprensa estatal da Coreia do Norte, um dia após o país lançar diversos mísseis de curto alcance no Mar do Japão. Segundo a agência KCNA, o exercício teve como objetivo treinar as tropas para operar os armamentos e testar a capacidade de resposta rápida do sistema de comando em uma eventual crise nuclear. Os testes envolveram um sistema de foguetes múltiplos de 600 mm e o míssil balístico Hwasongpho-11-Ka, nova variante de armamento tático do país. Durante a operação, Kim Jong-un destacou que é essencial manter as forças nucleares em “estado constante de prontidão”. Ele reforçou que o poder nuclear deve ocupar papel central tanto na dissuasão de conflitos quanto em estratégias de combate, sinalizando mais uma vez o foco do regime em fortalecer seu arsenal. Na manhã de quinta-feira (8), entre 8h10 e 9h20 (horário local), os militares sul-coreanos detectaram múltiplos lançamentos de mísseis balísticos de curto alcance a partir da cidade litorânea de Wonsan, no leste da Coreia do Norte. Este foi o quarto teste do tipo realizado pelo regime em 2025.   Fonte: R7 Foto: Getty

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STF começa a julgar Zambelli por invasão ao sistema do CNJ nesta sexta-feira (9)

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta sexta-feira (9) a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Além da parlamentar, o hacker Walter Delgatti também é réu no mesmo processo. Ambos respondem pelos crimes de invasão a dispositivo eletrônico e falsidade ideológica. O R7 tenta contato com as defesas, e o espaço permanece aberto. O julgamento ocorre no plenário virtual, e os ministros podem registrar seus votos no sistema até 16 de maio. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso. Também votam os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin – presidente da Turma – e Flávio Dino. Mesmo com o julgamento no ambiente virtual, os membros da Turma podem pedir vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso. Caso haja um pedido de destaque, a análise será transferida para o plenário físico. O que diz a denúncia? Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), os réus articularam ataques contra o sistema visando colocar em dúvida a legitimidade da Justiça. Segundo a denúncia, Zambelli, “de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”. A PGR também afirma que Zambelli teria orientado o hacker a produzir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. “Walter Delgatti, de maneira livre. Consciente e voluntária, sob o comando de Carla Zambelli, ao menos no período entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, invadiu dispositivos informáticos utilizados pelo Poder Judiciário, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”, disse a PGR. Relembre A deputada e o hacker foram alvo de uma operação da PF em agosto de 2023. Na época, Zambelli negou ter contratado Delgatti para fazer trabalhos criminosos e afirmou que os pagamentos feitos a ele se referem a serviços que ela contratou para o seu site, pelo valor de R$ 3 mil. Delgatti ficou conhecido pelo episódio da “Vaza Jato”, quando invadiu telefones de autoridades envolvidas com a Operação Lava Jato e vazou conversas entre integrantes da força-tarefa. Em depoimento à PF, ele disse que Zambelli o teria contratado pelo valor de R$ 40 mil para fraudar urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ. A deputada também admitiu à PF que mediou um encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o hacker. No entanto, a parlamentar inocentou Bolsonaro de qualquer ligação criminosa com Delgatti.   Fonte: R7 Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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