Portal Veloz

Copom começa nesta terça (9) reunião para definir juros, com expectativa de Selic em 15%

No encontro anterior, o comitê manteve a taxa em 15% pela terceira vez consecutiva

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia nesta terça-feira (9) a reunião para definir a nova taxa básica de juros da economia brasileira. O resultado será divulgado na quarta-feira (10). Atualmente, a Selic está fixada em 15% ao ano.

No encontro anterior, o comitê manteve a taxa em 15% pela terceira vez consecutiva, após interromper em julho o ciclo de sete altas consecutivas iniciado em setembro de 2024.

A nova taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se reunir para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

Na última ata, o comitê afirmou que levou em conta o cenário externo e interno, além das expectativas da inflação. Segundo a autoridade monetária, o contexto atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária.

No comunicado, o BC ainda reforçou a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período “bastante prolongado”.

“O Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o texto.

Projeções do mercado

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros em 2025, projetando que a Selic encerre o ano em 15% ao ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.

Entretanto, para os anos seguintes, a expectativa é de que a taxa diminua. A previsão para 2026 é de 12,25%, pela sexta semana consecutiva.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,5% pela 43ª semana seguida, e para 2028 se manteve.

O que é a Selic?

A Selic representa o principal instrumento de controle do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Taxas elevadas encarecem o crédito, limitam o consumo e a produção e podem desacelerar o crescimento econômico.

Na prática, elevações na Selic aumentam os juros aplicados a financiamentos, empréstimos e cartões de crédito, desestimulando a demanda e contribuindo para a contenção da inflação.

Histórico

Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano. Em seguida, ocorreram seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual e outro de 0,25, reduzindo a taxa para 10,5% em maio de 2024.

Esse patamar vigorou até setembro do mesmo ano, quando o Copom iniciou uma nova série de elevações, levando os juros para 10,75%.

Desde então, houve sete aumentos sucessivos, até atingir os atuais 15% — o nível mais elevado desde 2006.

 

Fonte: R7

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Deixe um comentário

×

Buscar no Portal Veloz